
O livro é autobiográfico, nele, o canadense David Gilmour (nada a ver com o do Pink Floyd), hoje crítico de cinema e apresentador de televisão, conta a experiência que teve ao propor a seu filho, Jesse, estudante do ensino médio, desinteressado pela escola, que parasse de ir ao colégio, sem precisar trabalhar ou pagar aluguel, a única condição: assistirem juntos três filmes por semana (coisa que jamais passaria pela cabeça dos meus pais). Gilmor não tem muita certeza da eficácia de seu plano, teme que seu filho se torne um adulto frustrado, mas, para evitar que Jesse se afaste dele e se torne um adolescente revoltado, prefere dar continuidade à proposta. No decorrer da narração, os dois tomam várias decisões importantes, têm lembranças e fazem planos, Jesse se apaixona, Gilmor vê sua carreira oscilar. No meio de todos os acontecimentos assistem, comentam e debatem sobre dezenas de clássicos do cinema (a maioria americanos, alguns canadenses). Lendo fiquei com vontade de assistir todos os filmes na ordem em que são citados. Por isso a maioria das notas no meu ultimo marca-páginas são títulos de filmes, nenhuma das duas filmografias no livro está na ordem de citação.
Um livro que dá origem a ótimas imagens, questionamentos e informação sobre cinema e literatura, além da sensibilidade e maturidade com que trata da relação famíliar entre pai e filho, pais divorciados e aos envolvimentos amorosos de ambos.
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